terça-feira, 29 de abril de 2008

Eu só quero é ser feliz

Eu só quero é ser feliz
Andar tranqüilamente
Na favela onde eu nasci
É...
E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem seu lugar

Fé em Deus DJ

Eu só quero é ser feliz
Andar tranqüilamente
Na favela onde eu nasci
É...
E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem seu lugar

Mas eu só quero
É ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz
Onde eu nasci
Ham
E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem seu lugar

Minha cara autoridade eu já não sei o que fazer
Com tanta violência eu sinto medo de viver
Pois moro na favela e sou muito desrespeitado
A tristeza e alegria que caminham lado a lado
Eu faço uma oração para uma santa protetora
Mas sou interrompido a tiros de metralhadora
Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela
O pobre é humilhado, esculachado na favela
Já não agüento mais essa onda de violência
Só peço autoridades um pouco mais de competência

Vamos lá
Vamos lá

Eu só quero é ser feliz
Andar tranqüilamente
Na favela onde eu nasci
Ham...
E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem seu lugar

Mas eu só quero
É ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz
Onde eu nasci
É...
E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem seu lugar

Diversão hoje em dia não podemos nem pensar
Pois até lá nos bailes eles vem nós humilhar
Ficar lá na praça que era tudo tão normal
Agora virou moda a violência no local
Pessoas inocentes que não tem nada haver
Estão perdendo hoje o seu direito de viver
Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela
Só vejo paisagem muito linda e muito bela
Quem vai pro exterior da favela sente saudade
O gringo vem aqui e não conhece a realidade
Vai pra zona sul pra conhecer água de coco
E o pobre na favela vive passando sufoco
Trocaram a presidência uma nova esperança
Sofri na tempestade agora eu quero a bonança
Povo tem a força, precisa descobrir
Se eles lá não fazem nada faremos tudo daqui

Quero ouvir

Eu só quero é ser feliz
Andar tranqüilamente
Na favela onde eu nasci
É...
E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem seu lugar

Eu...

Eu só quero
É ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz
Onde eu nasci
Ham
E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem o seu lugar

Diversão hoje em dia nem pensar
Pois até lá nos bailes eles vem nós humilhar
Ficar lá na praça que era tudo tão normal
Agora virou moda a violência no local
Pessoas inocentes que não tem nada haver
Estão perdendo hoje o seu direito de viver
Nunca vi cartão postal que se destaque uma favela
Só vejo paisagem muito linda e muito bela
Quem vai pro exterior da favela senti saudade
O gringo vem aqui e não conhece a realidade
Vai pra zona sul pra conhecer água de coco
E o pobre na favela passando sufoco
Trocaram a presidência uma nova esperança
Sofri na tempestade agora eu quero a bonança
O povo tem a força só precisa descobrir
Se eles lá não fazem nada faremos tudo daqui

Vamos lá

Quero ouvir

Eu só quero é ser feliz
Andar tranqüilamente
Na favela onde eu nasci
É...
E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem seu lugar

É...

Eu só quero
É ser feliz, feliz, feliz, feliz, feliz
Onde eu nasci
Ham
E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem o seu lugar

E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem seu lugar

Um comentário:

Expectativa de Vida disse...

Apesar da música "O Rap da felicidade" ter um peso negativo enquanto se refere ao pobre sem lugar ela reflete alguns fatores que se relacionam com o tema da expectativa de vida.
O autor sita a violência (Minha cara autoridade eu já não sei o que fazer/Com tanta violência eu sinto medo de viver/Pois moro na favela e sou muito desrespeitado/A tristeza e alegria que caminham lado a lado),
a desigualdade social (Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela/O pobre é humilhado, esculachado na favela), a falta de competência das autoridades (Já não agüento mais essa onda de violência/Só peço autoridades um pouco mais de competência)e a falta de lazer (Diversão hoje em dia não podemos nem pensar/Pois até lá nos bailes eles vem nós humilhar/Ficar lá na praça que era tudo tão normal/Agora virou moda a violência no local) como impecílios à felicidade na favela. Porém é sabido que , hoje em dia, a vida fora da favela não é muito diferente. Estes fatores, entre outros, são fatores que agravam muito a taxa de mortalidade, que se opõe ao desenvolvimento da expectativa de vida brasileira e, de certo modo, eles são competência do Estado, que antes de tudo é um elemento que representa, ou deveria, os interesses da sociedade em geral não somente da elite.