quarta-feira, 14 de maio de 2008

Curiosidades



Você sabia que o país com a maior expectativa de vida é o Japão? Lá, espera-se que, em média, as pessoas vivam 82 anos. Outros países estão bem perto deste índice: é o caso da Islândia (81 anos), Suíça, Austrália, Suécia, Itália, Canadá e Israel (80 anos), entre outros.
Porém, existe uma outra realidade, bem mais triste. O país com a menor expectativa de vida do mundo é a Suazilândia, na África, onde a média de anos que se espera que uma pessoa viva não passa dos 33 anos. Em outros países africanos como Botswana, Lesoto, Zimbábue, Zâmbia e República Centro Africana a expectativa de vida ao nascer também não passa dos 40 anos.


A mortalidade infantil vem diminuindo no nosso país. Na época do Censo Demográfico de 2000, a cada mil crianças nascidas vivas, 30 morriam. Em 2005, o número foi mais baixo: 26 óbitos a cada mil crianças nascidas vivas.
A taxa de mortalidade infantil é a probabilidade de um recém-nascido falecer antes de completar o primeiro ano de vida. Quando esta taxa diminui, você sabe o que isso significa? Menos crianças estão morrendo!


No contexto latino-americano e caribenho, o Brasil encontra-se em situação um tanto quanto desconfortável (Quadro 1): Costa Rica (1º), Chile (2º), Cuba, Porto Rico, Uruguai, Guiana Francesa, Barbados, México, Panamá, Argentina, Equador, Venezuela, Santa Lúcia, Colômbia e Belize, constituem o conjunto de países ou áreas na América Latina e Caribe com esperanças de vida ao nascer superiores à do Brasil. Os países latino-americanos e caribenhos com esperança de vida ao nascer abaixo da estimada para o Brasil são: Paraguai, El Salvador, Jamaica, Trinidad y Tobago, Peru, Bahamas, Nicarágua, Suriname, Honduras, República Dominicana, Guatemala, Bolívia, Guiana e Haiti.


Em 1980, no Brasil, os homens viviam em média 6,1 anos menos que as mulheres, ao passo que, em 2004, esta diferença eleva-se para 7,6 anos. O estado do Rio de Janeiro, apresentou os mais expressivos diferenciais de mortalidade por sexo, tanto em 1980 (7,8 anos) como em 2004 (9 anos).
Em 2004, o Ceará apresentou o segundo maior diferencial (8,8 anos) por sexo na esperança de vida ao nascer, seguido de São Paulo (8,6 anos). Estes resultados relacionam-se com a mortalidade masculina – particularmente entre jovens – majoritariamente ligada às causas externas.


No Brasil, em 24 anos, a sobremortalidade masculina aumentou consideravelmente, particularmente no grupo que vai dos 15 aos 34 anos de idade (tabela 6): em 2004, a mortalidade dos jovens do sexo masculino com idades entre 20 a 24 anos era quatro vezes maior que a do sexo feminino. Em 1980, esta relação era de apenas 2 para 1. As mortes por causas externas, como acidentes de trânsito e homicídios, são a maior causa da diferença de mortalidade entre homens e mulheres nestas idades.
No estado de São Paulo, em 2004, um jovem do sexo masculino entre os 20 e 24 anos de idade tinha seis vezes mais chances de falecer do que uma mulher do mesmo grupo de etário.
Um exercício exploratório, nos permite estimar que a expectativa de vida do brasileiro poderia ser até 3,8 anos maior se a mortalidade, na faixa dos 15 aos 39 anos, fosse 80% menor.


O primeiro grande levantamento populacional que proporcionou a aferição do nível da mortalidade prevalecente no Brasil foi o Censo Demográfico de 1940. Embora inovadoras, as informações do Censo de 1940 somente permitiam estimar a taxa de mortalidade infantil, e não as taxas de mortalidade para todas as idades – base para construção das tábuas de mortalidade. Para o cálculo dessas taxas são necessários dados sobre óbitos ocorridos e registrados em um ano ou período – extraídos das estatísticas vitais do Registro Civil – e sobre a população, por sexo ou para ambos os sexos – provenientes do censo demográfico.
O Brasil possui uma história considerável em se tratando de censos demográficos – o primeiro foi realizado em 1872 – mas as estatísticas vitais do Registro Civil de pessoas naturais somente foram organizadas em 1974, quando o IBGE passou a coletar, junto aos cartórios, as informações sobre nascimentos e óbitos ocorridos em território nacional. Dessa forma, a primeira tábua de mortalidade, construída pelo IBGE, representativa da população brasileira data de 1980, ano de realização do censo demográfico, cuja periodicidade é decenal.
Hoje o Brasil possui três tábuas de mortalidade construídas pelo IBGE: a de 1980, a de 1991 e a de 2000. As tábuas para os demais anos são fruto de um modelo de projeção de população elaborado com as informações conhecidas. Esse modelo precisa ser revisto sempre que uma nova tábua é incorporada ao conjunto.